quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Esta sou eu pensando em desativar o blog...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Alguém sabe por qual razão os dias de novembro e dezembro vem sendo tão ruins???

sábado, 10 de dezembro de 2011

Tá chegando a hora da "lista".

sábado, 3 de dezembro de 2011

Preciso reconhecer que chorei ouvindo...A letra diz exatamente tudo o que está acontecendo!



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ah, ah, ah!

Ainda acho que estou delirando. Se não fosse pelas fotos e vídeos que fiz, não acreditaria. Eu vi o Chico! Sim, aquele que embala os meus momentos de solidão e de pensamentos ao longe, aquele que me descreve quando canta "essa moça tá diferente", aquele que sabe traduzir em palavras os meus sonhos apaixonados. Uma voz macia ecoando nos meus ouvidos. Um homem lindo homenageando os meus olhos. Não obstante as falhas técnicas ocorridas (faltou luz duas vezes, além de outros probleminhas), aquelas horas lá no Teatro do Sesi foram mágicas. 





quinta-feira, 24 de novembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

356 noites

Sábado. São Leopoldo.Fazia muito tempo que eu não circulava pela noite da minha cidade natal. Quando voltei de férias, fiquei sabendo animadamente pelas amigas que teríamos um mega evento: uma noite para celebrar "todas as noites" vividas no Expresso 356. Quem é daqui da região sabe a notoriedade e a importância que o Expressinho teve na adolescência de cada um. Me lembro muito bem da primeira vez:dezesseis anos recém completos (era a idade mínima para entrar). Comanda com o carimbo de "menor" bem grande, mas podíamos comprar Lagoa Azul (bleeeeergs).Ah, como eu aguardei por aquela noite...Naquele já longínquo ano, era moda usar calça e "blazer" pretos e uma elegante camisa branca. Sim, camisa de botões, arrumadinha, coisa que hoje não uso nem para ir trabalhar. Os anos foram passando e o estilo mudando, ainda bem.Enfim, vivi muitas noites no Expresso. Local de música boa, gente bonita e normal - coisa que já não se vê muito. Foram mais de seis anos frequentando aquele espaço minúsculo. O legal mesmo era a convivência de tipos: eu que tenho amigas rockandroll, patis e neohippies, conseguia sair com todas elas no mesmo lugar. Convite para a celebração comprado, treze pessoas aqui em casa "esquentando"para a festa, partimos. Fui de táxi, pois já estava bebendo desde às 17h - e não me arrependi.A festa tinha uma estrutura boa - bem diferente do Expresso nas antigas, que nada mais era do que menor que a sala aqui de casa. Umas quatrocentas pessoas, com certeza.Figuras que há séééculos não via.Outras que, vira e mexe, acabo encontrando por aí.Para ser bem sincera, não estava a fim de ir na tal da festa, fui mais na empolgação dos outros...Até que aguentei bastante ouvindo os clássicos da década de 80 (quando ainda era uma garotinha juvenil). Aliás, eu curto muito as músicas dessa época mas achei imperdoável que não tocou os Smiths que tanto amo. A festa, na verdade, foi um acontecimento para ver e ser visto, simples assim. "Fulana está uma baranga" e "bah, ele era tão gatinho" foram expressões muito comentadas. Achei engraçado que quando algumas músicas míticas tocavam a galera delirava, gritando, cantando junto. De tudo fica uma certeza: a vida vai fazendo metástases, (algumas) pessoas evoluem e muitas coisas servem apenas para ficar na memória mesmo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cheguei a uma constatação (atrasada), porém terrível: como as pessoas são problemáticas! Céus...Dentro da casquinha que cada um aparenta ter - e dentro do lifestyle que cada um cria para si no Facebook, escondem-se criaturas complexas e desarticuladas. Circunstâncias da vida me ensinaram o hábito da observação e isso está me deixando cada vez mais preocupada....As pessoas são carentes e mal resolvidas. Individualistas, cada vez mais.Ficam por aí se apegando nas"frases de internet" do Caio quando sequer abriram uma página de um livro dele!Algo está errado, ninguém está vendo isso?Meu, onde vamos parar?

Pessoas, acoooooooordem!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Então, depois de treze anos míope, deixarei de usar óculos!!!

sábado, 29 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Férias!
Estou vivendo tanto aqui do outro lado do Atlântico que não estou conseguindo parar, organizar minhas idéias e escrever. Eu bem que queria, mas as coisas estão acontecendo em uma velocidade tão absurda que começo a ficar com medo...................

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

sábado, 8 de outubro de 2011

Elas estão chegando... Fééééérias!!!

Até como forma de guardar lembranças para a posteridade, tentarei escrever aqui no blog durante a trip que farei com duas amigas. Espero que sobre um tempinho para algumas poucas linhas diárias!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Uma verdade dói muito. Incomoda demais. Lateja. Coça.Arrepia.Nos deixa sem chão. Põe em ruínas todo nosso castelinho de expectativas - que certamente foi construído para desmoronar. Nunca estamos preparados para ouvir aquilo que precisamos.


Mas a verdade é necessária.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Lágrimas de nostalgia...



http://soundcloud.com/emaildodaroit/porto-alegre-fim-de-s-culo-a

sábado, 24 de setembro de 2011

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ontem estava esperando pelo meu horário na casa espírita que eu frequento e assisti a uma cena interessante. Uma tiazinha de lá seus sessenta anos e sua bicicleta. Era noite, com chuva, mas mesmo assim ela optou por esse meio de transporte que eu valorizo muito - apesar de não utiliza-lo, é bem verdade. Obviamente ela causou espanto em muitos e aproveitando que ela conversava com uma outra senhora sobre os benefícios de andar de bicicleta, não resisti e fui tecer os meus melhores elogios à ela. Brasileiro adora copiar lifestyle de europeu mas até agora a bicicleta como meio de transporte é pouco utilizada. Não adianta ficar fazendo questionamentos filosóficos sobre o tema. Simplesmente não se anda de bicicleta porque não temos estrutura para isso!Não estou falando das ciclovias de final de semana, mas sim de um traçado oficial que permite ao cidadão utilizar la bici para ir e vir diariamente. E ainda, onde guardar as bicicletas durante o horário de trabalho?Outro problema. A coisa mais fantástica que já vi sobre o assunto foi na Dinamarca - onde o tráfego de bicicletas é intenso, sendo muito maior que o de carros. Achei lindo ver uma fila na sinaleira especial para bicicletas. Para ser bem sincera, fiquei perplexa diante da cena.Organização, preocupação com a saúde e principalmente com o meio ambiente. Aí está um grande exemplo de cultura européia que deveria ser copiado por aqui - e não só as roupas da Zara!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Há alguns anos assisti a um curta metragem que simplesmente me paralisou. Amei, com todas as minhas forças. O nome do vídeo é " O Branco". Já procurei muito no YouTube mas nunca o achei por completo. Se algum dia alguém localizar, por favor, me avisa. Ficarei muito agradecida!

O filme a que me refiro é este aqui ó:


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Preciso comprar TEMPO...Pago à vista!

sábado, 10 de setembro de 2011

"... e o coração tranquilo..."



Minha vida é um coletivo de acontecimentos legais, é bem verdade. Mesmo assim a tendência é sempre fabricar lamúrias e potencializar coisinhas (e pessoas) que poderiam muito bem ficar no patamar de irrelevantes. Certa vez uma grande amiga me comentou que eu costumo fazer tantas coisas interessantes  que quando diminuo o ritmo por um dia já fico achando que está tudo errado...Por que essa mania que nós temos de sempre valorizar o que não está bem?Por que ao invés de potencializar aquelas pequenas coisas que nos fazem bem colocamos fermento no que nos machuca?Parece que a tristeza e o negativismo têm um ímã fortíssimo!Tem gente que só reclama e também não faz nada pra melhorar - o que ainda bem não vem a ser o meu caso. Desde que eu aprendi a desenvolver pensamentos positivos, ter mais calma e serenidade, consigo observar quando a cumulus nimbus está chegando e a afasto. Assim, não faço mal para mim e principalmente para quem está ao meu redor. Ouvi um artigo muito interessante no rádio hoje: normalmente chegamos em casa estressadíssimos e jogamos toda nossa raiva e cansaço em nossos familiares, o que acaba por macular todo o ambiente do nosso lar. Então, o que ocorre?Mais gente estressada e de mal com a vida!!!!Essas coisas nada têm a ver com religião, filosofia ou sei lá o que. Simplesmente tem a ver com as nossas vidas e a forma com que a tratamos. Cada dia é uma escolha. 
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Óquei, total momento "auto ajuda" agora...Mas a reflexão é necessária!
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OBS:não é NADA fácil manter a serenidade, mas já dizia aquela sábia música: "tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo". 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A banda que mais tenho escutado ultimamente...


In the 16 months since the Black Keys released their last album Brothers, the blues-rock duo have toured the world, accepted three Grammys, played Saturday Night Live, rocked festivals like Coachella and Bonnaroo, and filmed a few videos, including the short film Howlin' For You starring snowboarder Shaun White and Twilight's Christian Serratos. Oh, and drummer Patrick Carney got engaged to be married.
Somehow they found time to record their seventh studio album, too.


Click to enlarge


"It's the fastest we've ever played," singer-guitarist Dan Auerbach says of the LP's new songs, which he says were inspired by the Clash, the Cramps, and old rock'n'roll, rockabilly, and garage rock records. "The new album doesn't sound likeBrothers. It doesn't have that open soul feel to it. It's way more driving and the tempos are really fast."
The yet-to-be-titled new record will be released later this year. It was recorded at Auerbach's Nashville studio during breaks in the band's schedule when their producer Brian Burton, aka Danger Mouse, could fly in. "He understands all the different kinds of music we're into," Auerbach says of Burton, who also helped produce their last two albums, starting with 2008's Attack & Release. "He's got really great ideas about melody and song structure. For him it's all about the song."
The album opens with "Lonely Boy," which is "one of the first songs we recorded," says Auerbach. "Almost every song on the record has a foundation of live drums and guitar together in the room. It's guitar bleeding into the drum mics. It's pretty raw."
Of "Little Black Submarine" Auerbach says: "We recorded it four or five different times in different ways. We would start from scratch and then start over. The version that we ended up with is weird. It starts with just acoustic guitar and vocals and by the end it sounds like Black Sabbath!"
He says that the Keys were seeking a group groove: "I've never been into guitar solos. I really like when every instrument in the band is a rhythm instrument. This record has a lot of that going on -- guitar, bass, drums, and keyboards all working together as a rhythm instrument. But unlike Brothers, which has more of these slower songs with an open feeling, [the new LP] is definitely fast."
So fast, in fact, that the sound may be tough to recreate live. "Pat's never played drums like this before -- he's never played this fast," Auerbach says of his bandmate. "He's definitely worried about being able to play some of these songs live."
The Black Keys have only a handful of live gigs scheduled this summer, leaving them time to mix and master the album.
Still, Auerbach is keeping busy with side projects, producing albums from Texas rockers Hacienda, who are friends, New Orleans legend Dr. John, and Long Beach, CA, garage rockers the Growlers. "They're like my favorite band right now," Auerbach says.
And what of a follow-up to Auerbach's 2009 solo debut, Keep It Hid? "I really want to make another [solo LP]," he says. "But I'm sort of running out of free time."


Tá tudo aqui:http://www.spin.com/articles/studio-black-keys

domingo, 4 de setembro de 2011

Esta música diz TUDO.


(sim, eu sei que ela já apareceu por aqui...)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Uma paixão: homens de bolsa!

Estava há dias querendo postar isso aqui...Eu simplesmente acho o máximo homens que usam bolsa!Fiz uma seleçãozinha de fotos para os meninos se inspirarem. Vale a pena tentar e sair lindo por aí!


Atingiu a perfeição!!!!






domingo, 28 de agosto de 2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tenho pensado muito nela.
Aquela tarde de domingo quando cantávamos "tomo guaraná, suco de caju, goiabada para sobremeeeeeeeesa". As coisas que eu tinha e ela nunca teve. A vez que fomos no circo lá na saudosa década de oitenta. O "globo da morte". Aquilo que ela fazia e eu não.As brincadeiras de crianças.O sonho dos quinze anos - que ela sequer chegou a completar. A jaqueta jeans que ela queria ter. O dia em que ela foi atropelada e quebrou o braço. Cinema para ver os Trapalhões, Lua de Cristal e qualquer outra coisa da Xuxa. Mirinda. Copo da Pepsi. Pular elástico. Pogobol. Gibi do Zé Carioca. Chiclé Ploc e bala Soft. Brincar de "sapata". Questionários em cadernos. Chegada do Papai Noel no Beira-Rio que nunca fomos. "Não se esqueça da minha Caloi". Topo Gigio. Meu Snoopy de borracha. Patins. Miliopã.

Setembro, o mês em que ela foi brincar de roda com as crianças lá no céu...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011




Domingo a tarde, Sol e boa companhia. Aquele papinho de sempre, ou seja, HOMENS. Até que uma amiga começa a falar do seu príncipe nada encantado e de todas as coisas que ele não faz. Por entender muito bem a situação dela, comecei a opinar - ainda que nessas horas a opinião dos outros não faça a mínima diferença. Ai estou lá, blablablabla, até que ela grita: ELE E O SHELDON!Não preciso nem dizer que me dobrei rindo....Não demorou muito para constatar que ela tem total razão. Curiosa como sou, cheguei em casa, fui fazer umas pesquisas e... Rá, exatamente!!!Síndrome de Asperger, para ser bem mais exata.

Achei muito interessante - e constatei que conheço outros meninos que talvez sofram isso tudo...
Seguem aí algumas características do portador de SA:

Dificuldade em compreender as mensagens transmitidas por meio da linguagem corporal - pessoas com SA geralmente não olham nos olhos, e quando olham, não conseguem "ler".  
Desinteresse - desinteresse em ter de fazer coisas novas, ou passar por outras experiências.
Exaustão - quando um indivíduo com Síndrome de Asperger começa a entender o processo de abstração, precisa treinar um esforço deliberado e repetitivo para processar informações de outra maneira. Isto muito freqüentemente leva a exaustão mental. 
Crítica - frequentemente crítica tudo o que vê pela frente, também pode-se fazer uma autocrítica psíquica, sem dizer o que crítica.
Dificuldades em relacionamentos - sente dificuldade em fazer amigos, conseguir parceiros para uma relação, podendo passar anos sem se relacionar com ninguém ou até mesmo nunca, demostrando desintesse sëxual e afetivo por outrem
Exatas - facilidade extrema em mexer com números e lógica.
Reconhecer sinais de enfado - a incapacidade de entender os interesses alheios pode levar Aspergers a serem incompreensíveis ou desatentos. Na mão inversa, pessoas com Síndrome de Asperger geralmente não percebem quando o interlocutor está entediado ou desinteressado.
Velocidade e qualidade do processamento das relações sociais - como respondem às interações sociais com a razão e não intuição, portadores de Síndrome de Asperger tendem a processar informações de relacionamentos muito mais lentamente do que o normal, levando a pausas ou demoras desproporcionais e incômodas.

Uma pessoa com Síndrome de Asperger pode ter problemas em compreender as emoções alheias: as mensagens passadas pela expressão facial, olhares e gestual tem um impacto baixo, mas não nulo (como no caso dos psicopatas). Eles também podem ter dificuldades em demonstrar empatia. Assim, Aspergers podem parecer egoístas, egocêntricos ou insensíveis. Na maioria dos casos, estas percepções são injustas porque os portadores da Síndrome são neurologicamente incapazes de entender os estados emocionais das pessoas à sua volta. Eles geralmente ficam chocados, irritados e magoados quando lhes dizem que suas ações são ofensivas ou impróprias. É evidente que pessoas com SA têm emoções. Mas a natureza concreta dos laços emocionais que venham a ter (ou seja, com objetos em vez de pessoas) pode parecer curiosa ou até ser uma causa de preocupação para quem não compartilha da mesma perspectiva.

Tá tudo no Wikipédia.



Desculpae amigs, mas eu preciso divulgar isso td, afinal, pode ser de utilidade pública!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Que eu tenho adoração pelo Daniel Galera não é novidade. Well, pelo o que ele escreve, que fique bem claro. Ele está beeem longe de ser uma unanimidade e me lembro de uma "discussão" que tive com um amigo porque defendo os textos do moço. Desde a época do CardosoOnLine eu curto o que ele escreve. Pois bem, já li "Até o dia em que o cão morreu" (que depois se transformou no "Cão sem dono, do Beto Brandt") e o espetacular "Cordilheira". Agora estou me deliciando (e gastando uns neurônios para entender) os quadrinhos do " Cachalote". O livro é de 2010. São histórias paralelas em um mesmo volume. Segue aí o teaser que ficou lheeeendo!



sábado, 13 de agosto de 2011






Fiquei literalmente de boca aberta hoje no cinema. Fui assistir Melancolia com "um certo medo" diante de alguns comentários que ouvi mas posso dizer com certeza que o filme é sensacional.Sofrimento em cima de sofrimento - afinal, nem só de comédias e romances vive o cinema.Um trilha sonora marcante, uma personagem principal densa e tensa, paisagens agradáveis aos olhos. O final, apesar de esperado e anunciado na primeira cena do filme, me surpreendeu.Gostei muito e recomendo!Von Trier nunca me decepcionou.


Ainda falando de cinema, hoje se encerra o tal Festival de Gramado.Peguei nojo desse negócio. Não do festival, da mostra de filmes, da premiação, mas sim do que gira ao entorno de tudo isso. Estava ouvindo na rádio agora há pouco enquanto voltava de Porto Alegre que " a cidade está cheia de fãs do cinema nacional". What???A cidade está cheia de playboys e pattys para as festas milionárias que acontecem nesse findi. Pessoinhas que sequer sabem que o filme em destaque do festival nesse ano é " O Carteiro" - e nem sei se esse filme é realmente bom. Eu não fui à Gramado por opção mesmo, afinal tenho apartamento lá. Só que o centro da cidade fica insuportável com as pessoas desfilando suas belezas e egos, paulistas e cariocas babando as gaúchas e aquela música eletrônica infernal. Restaurantes lotados. Bares na rua coberta apenas com reserva prévia e com consumação mínima de trezentos reais.

Ih, acho que aumentei o meu "desvio-padrão".

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Manuela nunca teve uma casa com paredes internas, banheiro com descarga "de apertar", um quarto. Ela só conhece uma grande sala com várias camas de cimento, colchões fininhos e infiltrações nas paredes. Os brinquedos quebrados que ficam no parquinho ainda são parte de um futuro distante. Nunca teve uma família, lembrança de nascimento ou sequer ecografias. Pai, nem sabe o que vem a ser isso...Tem dois meses. Apenas ouve sons e distingue algumas luzes. Seu único conforto é o colo da mãe - que a rejeita.O que Manuela não sabe e nem imagina é que tem seis irmãos. Dois ela vê uma vez por mês, por alguns minutos. Os outros...Quem são os outros?Os quatro restantes estão por aí soltos no mundo porque são meninos de mais sorte que juízo. Já poderiam estar pagando por suas irresponsabilidades. Dizem que as crianças até os sete anos apenas vêem o espírito da gente, justificativa plausível para fazer a pequena Manuela chorar tanto. Faz frio, o termômetro marca seis graus. A bebê possui apenas um cobertor.O tempo passa mas os dias são iguais.Não entende porque recebe a visita de uma "tia estranha" que sempre faz a sua mãe ter raiva.Seus olhinhos brilhantes apenas acompanham.Aos sete meses o leite da mãe secou.Arroz, feijão e cenoura, quase todos os dias, se não quiser ficar com fome. Nan, Mucilon ou Sustagem jamais farão parte da sua vida.Um brinquedo, que dia mais feliz! Manuela ganhou um brinquedo da "tia estranha"e não desgruda mais dele. Morde forte para provocar seu único dentinho. Não consegue entender porque sua mãe não gosta da moça que deu o seu único motivo de diversão. O que a bebê não sabe é que agora ela corre contra o tempo. Sua mãe a procura cada vez menos, deixando suas fraldas sujas o dia inteiro.Poderia um bebê ser infeliz? A resposta é sim e Manuela prova isso. O choro constante, os ataques de tosse e o nariz sempre com coriza, mesmo no alto verão.Enquanto algumas crianças brincam em piscinas coloridas ela sequer toma banho.A "tia estranha" entra e Manu vê sua mãe chorando compulsivamente. Um sentimento de culpa, um alívio, algo que a mãe da bebê não sabe descrever. Há um ano atrás Manuela nascia.Hoje, Manuela renasce. Será adotada por uma mãe que muito lhe deseja, com carinho, atenção e, principalmente, muito amor.

domingo, 7 de agosto de 2011

The world is collapsing
Around our ears
I turned up the radio
But I can't hear it
Yeah 


Já dizia o REM mas eu to desde ontem pensando muito sobre isso...Um conflito de idéias, de personalidades. Mais vale ser uma pessoa esperta e calculista ou uma boba ingênua de bom coração?Confesso que sou "genuinamente uma ingênua" e já deixei muita gente tirar proveito de mim em diversas situações.Mas...Perder esse gostinho infantil, esse modo mágico de ver a vida?Mudar meus princípios e encarar que SIM, as pessoas podem ser perspicazes e montar uma realidade em seu benefício - e se dar muito bem com isso? Aaaaaaaaaaaaah! Pode estar parecendo bobo e idiota esse meu questionamento mas digo sem problemas que essa "descoberta" realmente está me incomodando.

Welcome to real life!

sábado, 6 de agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Acordei mais romântica do que o normal hoje... Sim, eu ainda sou daquelas que suspiram - não obstante quase ser uma "sem coração" conforme já escrevi aqui.Então, para continuar no clima:

sábado, 30 de julho de 2011


"Il problema è che abbiamo paura, basta guardarci.
Viviamo con l'incubo che da un momento all'altro tutto quello che abbiamo costruito possa distruggersi.
Con il terrore che il tram su cui siamo possa deragliare.
Paura dei bianchi, dei neri,della polizia e dei carabinieri con l'angoscia di perdere il lavoro 
ma anche di diventare calvi, grassi, gobbi, vecchi, ricchi.
Con la paura di perdere i treni e di arrivare tardi agli appuntamenti.
Che scoppi una bomba,di rimanere invalidi, di perdereun braccio, un occhio, un dente, un figlio,  un foglio.
Un foglio su cui avevamo scritto una cosa importantissima.
Paura dei terremoti, paura dei virus,paura di sbagliare, paura di dormire;
paura di morire prima di aver fatto tutto quello che dovevamo fare.
Paura che nostro figlio diventi omosessuale,di diventare omosessuali noi stessi.
Paura del vicino di casa, delle malattie,di non sapere cosa dire,di avere le mutande sporche in un momento importante.
Paura delle donne, paura degli uomini,paura dei germi dei ladri, dei topi e degli scarafaggi.
Paura di puzzare, paura di votare, di volare, paura della folla, di fallire, paura di cadere, di rubare, di cantare, paura della gente.
Paura degli altri."

(Testo del monologo sulla paura di Fabio De Luigi dal film "Happy Family")

sábado, 23 de julho de 2011

"I told you I was trouble..."

Não estou chocada tampouco surpresa. A virginiana Amy Jade Winehouse estava procurando o juízo final desde a sua adolescência quando aos dezesseis anos despontou como uma grande promessa do Jazz. A amizade com Pete Doherty e o casamento com o infeliz do Blake Fielder-Civil só consumaram a sua entrega às drogas pesadíssimas. Amy viveu Trainspotting e Requiem for a dream "ao vivo". Eu fico pensando que a imprensa também aumentou muito os escândalos da cantora - pois cada suspiro fora da linha vendia jornais, revistas e matérias na internet.Essa mistura, essa pressão louca e a predisposição que a Amy tinha para confusões sempre resultou em grandes bafões. 
Eu tive a oportunidade de estar há menos de um metro da estrelinha antes do seu show em Florianópolis.Depois de dois anos sem nenhuma apresentação ela fez a sua reestréia no Brasil. Fui muito feliz naquela noite quente de janeiro!
Pode parecer piegas, mas Amy morreu aos 27. Não vou tecer comparações - apenas registrar.Aplicou direitinho a teoria do James Dean: "die young and make a beatiful corpse."
Ah, para lembrar...Meu post sobre o show da Amy está aqui: http://glamourcompimenta.blogspot.com/2011/01/amy-is-back-but-not-to-black.html 
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"...hand me your Stella and fly..."

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O dia que Júpiter encontrou Saturno - ou "o dia de hoje"

Foi a primeira pessoa que viu quando entrou. Tão bonito que ela baixou os olhos, sem querer querendo que ele também a tivesse visto. Deram-lhe um copo de plástico com vodka, gelo e uma casquinha de limão. Ela triturou a casquinha entre os dentes, mexendo o gelo com a ponta do indicador, sem beber. Com a movimentação dos outros, levantando o tempo todo para dançar rocks barulhentos ou afundar nos quartos onde rolavam carreiras e baseados, devagarinho conquistou uma cadeira de junco junto a janela. A noite clara lá fora estendida sobre Henrique Schaumann, a avenida poncho & conga, riu sozinha. Ria sozinha quase o tempo todo, uma moça magra querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz. Molhou os lábios na vodka tomando coragem de olhar para ele, um moço queimado de sol e calças brancas com a barra descosturada. Baixou outra vez os olhos, embora morena também, e suspirou soltando os ombros, coluna amoldando-se ao junco da cadeira. Só porque era sábado e não ficaria, desta vez não, parada entre o som, a televisão e o livro, atenta ao telefone silencioso. Sorriu olhando em volta, muito bem, parabéns, aqui estamos.

Não que estivesse triste, só não sentia mais nada.

Levemente, para não chamar atenção de ninguém, girou o busto sobre a cintura, apoiando o cotovelo direito sobre o peitoril da janela. Debruçou o rosto na palma da mão, os cabelos lisos caíram sobre o rosto. para afastá-los, ela levantou a cabeça, e então viu o céu tão claro que não era o céu normal de Sampa, com uma lua quase cheia e Júpiter e Saturno muito próximos. Vista assim parecia não uma moça vivendo, mas pintada em aquarela, estatizada feito estivesse muito calma, e até estava, só não sentia mais nada, fazia tempo. Quem sabe porque não evidenciava nenhum risco parada assim, meio remota, o moço das calças brancas veio se aproximando sem que ela percebesse.

Parado ao lado dela, vistos de dentro, os dois pintados em aquarela - mas vistos de fora, das janelas dos carros procurando bares na avenida, sombras chinesas recortadas contra a luz vermelha.

E de repente o rock barulhento parou e a voz de John Lennon cantou every dau, every way is getting better and better. Na cabeça dela soaram cinco tiros. Os olhos subitamente endurecidos da moça voltaram-se para dentro, esbarrando nos olhos subitamente endurecidos dos moço. As memórias que cada um guardava, e eram tantas, transpareceram tão nitidamente nos olhos que ela imediatamente entendeu quando ele a tocou no ombro.

-Você gosta de estrelas?
-Gosto. Você também?
-Também. Você está olhando a lua?
-Quase cheia. Em Virgem.
-Amanhã faz conjunção com Júpiter.
-Com Saturno também.
-Isso é bom?
-Eu não sei. Deve ser.
-É sim. Bom encontrar você.
-Também acho.

(Silêncio)

-Você gosta de Júpiter?
-Gosto. Na verdade "desejaria viver em Júpiter onde as almas são puras e a transa é outra".
-Que é isso?
-Um poema de um menino que vai morrer.
-Como é que você sabe?
-Em fevereiro, ele vai se matar em fevereiro.

(Silêncio)

-Você tem um cigarro?
-Estou tentando parar de fumar.
-Eu também. Mas queria uma coisa nas mãos agora.
-Você tem uma coisa nas mãos agora.
-Eu?
-Eu.

(Silêncio)

-Como é que você sabe?
-O quê?
-Que o menino vai se matar.
-Sei de muitas coisas. Algumas nem aconteceram ainda.
-Eu não sei nada.
-Te ensino a saber, não a sentir. Não sinto nada, já faz tempo.
-Eu só sinto, mas não sei o que sinto. Quando sei, não compreendo.
-Ninguém compreende.
-Às vezes sim. Eu te ensino.
-Difícil, morri em dezembro. Com cinco tiros nas costas. Você também.
-Também, depois saí do corpo. Você já saiu do corpo?

(Silêncio)

-Você tomou alguma coisa?
-O quê?
-Cocaína, morfina, codeína, mescalina, heroína, estenamina, psilocibina, metedrina.
-Não tomei nada. Não tomo mais nada.
-Nem eu. Já tomei tudo.
-Tudo?
-Cogumelos têm parte com o diabo.
-O ópio aperfeiçoa o real
-Agora quero ficar limpa. De corpo, de alma. Não quero sair do corpo.

(Silêncio)

-Acho que estou voltando. Usava saias coloridas, flores nos cabelos.
-Minha trança chegava até a cintura. As pulseiras cobriam os braços.
-Alguma coisa se perdeu.
-Onde fomos? Onde ficamos?
-Alguma coisa se encontrou.
-E aqueles guizos?
-E aquelas fitas?
-O sol já foi embora.
-A estrada escureceu.
-Mas navegamos.
-Sim. Onde está o Norte?
-Localiza o Cruzeiro do Sul. Depois caminha na direção oposta.

(Silêncio)

-Você é de Virgem?
-Sou. E você, de Capricórnio?
-Sou. Eu sabia.
-Eu sabia também.
-Combinamos: terra.
-Sim. Combinamos.

(Silêncio)

-Amanhã vou embora para Paris.
-Amanhã vou embora para Natal.
-Eu te mando um cartão de lá.
-Eu te mando um cartão de lá.
-No meu cartão vai ter uma pedra suspensa sobre o mar.
-No meu não vai ter pedra, só mar. E uma palmeira debruçada.

(Silêncio)

-Vou tomar chá de ayahuasca e ver você egípcia. Parada do meu lado, olhando de perfil.
-Vou tomar chá de datura e ver você tuaregue. Perdido no deserto, ofuscado pelo sol.
-Vamos nos ver?
-No teu chá. No meu chá.

(Silêncio)

-Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.
-Vou te escrever carta e não te mandar.
-Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
-Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
-Vou ver Saturno e me lembrar de você.
-Daqui a vinte anos voltarão a se encontrar.
-O tempo não existe.
-O tempo existe, sim, e devora.
-Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
-Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.

(Silêncio)

-Mas não seria natural.
-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
-Natural é encontrar. Natural é perder.
-Linhas paralelas se encontram no infinito.
-O infinito não acaba. O infinito é nunca.
-Ou sempre.

(Silêncio)

-Tudo isso é muito abstrato. Está tocando "Kiss, kiss, kiss". Por que você não me convida para dormirmos juntos.
-Você quer dormir comigo?
-Não.
-Porque não é preciso?
-Porque não é preciso.

(Silêncio)

-Me beija.
-Te beijo.

Foi a última pessoa que viu ao sair. Tão bonita que ele baixou os olhos, sem saber sabendo que ela também o tinha visto. Desceu pelo elevador, a chave do carro na mão. Rodou a chave entre os dedos, depois mordeu leve a ponta metálica, amarga. Os olhos fixos nos andares que passavam, sem prestar atenção nos outros que assoavam narizes ou pingavam colírios. Devagarinho, conquistou o espaço junto à porta. Os ruídos coados de festas e comandos da madrugada nos outros apartamentos, festas pelas frestas, riu sozinho. Ria sozinho quase sempre, um moço queimado de sol, com a barra branca das calças descosturadas, querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz.

Mordeu a unha junto com a chave, lembrando dela, uma moça magra de cabelos lisos junto à janela. Baixou outra vez os olhos, embora magro também. E suspirou soltando os ombros, pés inseguros comprimindo o piso instável do elevador. Só porque era sábado, porque estava indo embora, porque as malas restavam sem fazer e o telefone tocava sem parar. Sorriu olhando em volta.

Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo.

Levemente, para não chamar a atenção de ninguém, apertou os dedos da mão direita na porta aberta do elevador e atravessou o saguão de lado, saindo para a rua. Apoiou-se no poste da esquina, o vento esvoaçando os cabelos, e para evitá-lo ele então levantou a cabeça e viu o céu. Um céu tão claro que não era o céu normal de Sampa, com uma lua quase cheia e Júpiter e Saturno muito próximos. Visto assim parecia não um moço vivendo, mas pintado num óleo de Gregório Gruber, tão nítido estava ressaltado contra o fundo da avenida, e assim estava, mas sem compreender, fazia tempo. Quem sabe porque não evidenciava nenhum risco, a moça debruçou-sena janela lá em cima e gritou alguma coisa que ele não chegou a ouvir. Parado longe dela, a moça visível apenas da cintura para cima parecia um fantoche de luva, manipulado por alguém escondido, o moço no poste agitando a cabeça, uma marionete de fios, manipulada por alguém escondido.

De repente um carro freou atrás dele, o rádio gritando "se Deus quiser, um dia acabo voando". Na cabeça dele soaram cinco tiros. De onde estava, não conseguiria ver os olhos da moça. De onde estava, a moça não conseguiria ver os olhos dele. Mas as memórias de cada um eram tantas que ela imediatamente entendeu e aceitou, desaparecendo da janela no exato instante em que ele atravessou a avenida sem olhar para trás.
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Pra quem não conhece, este texto é do Caio Fernando Abreu.