quarta-feira, 25 de maio de 2011

Fui e super recomendo!

8ª Bienal do Mercosul inaugura Casa M


Foi inaugurada na terça-feira, 24 de maio, a Casa M, um dos projetos-chave da 8ª Bienal do Mercosul. Pensada para expandir a Bienal no tempo, a Casa M é um espaço cultural dedicado à promoção, ao desenvolvimento e ao intercâmbio artístico a nível regional, nacional e internacional, com ênfase no estímulo à cena artística local. A casa, que deve permanecer aberta até dezembro, vai oferecer atividades de diferentes linguagens, mesclando artes visuais, literatura, cinema, música, dança e teatro, entre outras expressões e áreas do conhecimento. 

Segundo a curadora assistente da Bienal, Fernanda Albuquerque, o nome “Casa M” (de Mercosul) pretende dar ênfase ao seu caráter de “casa”, de local de integração e recepção, de situação doméstica, aberta e informal. Na programação estão previstas atividades voltadas ao público em geral e do meio artístico, como conversas, debates e workshops, entrevistas com artistasda 8ª Bienal do Mercosul, pocket-shows e mostras audiovisuais, além de ações especiais oferecidas à vizinhança. A Casa M terá uma sala de leitura, um espaço experimental de exposição (Vitrine), ateliê, área de convivência e ambientes para projeção de vídeos e debates. O Projeto Pedagógico da 8ª Bienal do Mercosul vai promover, na Casa M, cursos de formação para professores e oficinas voltadas à arte-educação. 

A Casa M também vai abrigar projetos permanentes como a Vitrine - onde a cada mês um jovem artista gaúcho apresenta uma exposição de pequeno porte, instalações de três artistas – Daniel Acosta, Fernando Limberger e Vitor César, o programa Duetos - que reúne 12 artistas de diferentes áreas para utilizar a Casa M como local de trabalho e investigação, oferecendo oficinas e desenvolvendo propostas em colaboração, e o programa Combos - em que três convidados de diferentes linguagens artísticas e campos do conhecimento compartilham com o público projetos em desenvolvimento e trocam ideias sobre suas práticas. Nos programas especiais para os moradores da Rua Fernando Machado, vizinhos da Casa M, a artista plástica e professora Cláudia Sperb, vai oferecer a Oficina dos Vizinhos, onde a cada encontro são discutidas ações e realizações em conjunto, utilizando-se os espaços, conteúdos e materiais da 8ª Bienal do Mercosul. 

A Casa M também vai abrigar um Programa de Residências para curadores de instituições culturais nacionais e internacionais, que serão convidados a propor conversas com o público, desenvolver oficinas e visitar ateliês de artistas locais. O programa, com duração de sete dias para cada curador, acontece nos meses de julho, agosto, outubro e novembro. 

A primeira Vitrine expõe o trabalho do artista Tiago Giora, que propôs para o espaço a obra intitulada Entre. O modo como deixamos de perceber os ambientes que nos rodeiam é o ponto de partida para os projetos de Tiago Giora. Isso está presente também na obra desenvolvida para a Casa M, em que o artista parte do desenho formado pela arquitetura interna da morada para criar uma intervenção na vitrine. A obra alude à condição desse espaço de estar entre um local e outro, separando e ao mesmo tempo conectando dois ambientes. Um plano de gesso encobre parte da fachada da Casa e incorpora o local ao trabalho. O próximo artista a ocupar a Vitrine será Rogério Severo, a partir do dia 21 de junho. 

Um Conselho formado por artistas, pesquisadores e agentes culturais da Capital colabora com os curadores da 8ª Bienal na concepção da programação, sugerindo eventos e profissionais no âmbito artístico, acadêmico e institucional. O Conselho é composto pelos seguintes membros: 
• Alexandre Santos - professor e pesquisador do Instituto de Artes da UFRGS 
• Camila Gonzatto – cineasta e jornalista 
• Gabriela Motta - crítica e curadora de arte 
• Jezebel De Carli - atriz, diretora de teatro e professora 
• Leo Felipe – jornalista e curador 
• Neiva Bohns - professora e pesquisadora do Instituto de Artes e Design da UFPel 

Para o curador-geral da Bienal, José Roca, a implantação de um projeto tão complexo quanto a Casa M é essencial para aproximar evento e comunidade: “A maioria das bienais traz grandes quantidades de público durante um período curto e concentrado de duração do evento, mas, em seguida, há longos períodos em que quase não há atividade. É possível entender a Bienal também como uma instância de criação de infraestrutura”, declara Roca. 

O presidente da 8ª Bienal do Mercosul, Luiz Carlos Mandelli, acredita que a Casa M amplia os canais de diálogo com a comunidade e promove a reflexão, o diálogo e a formação de público para a arte contemporânea: “esperamos que a comunidade acolha a Casa M como um local de fundamental importância para o fomento das artes em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. Almejamos que este espaço siga permanentemente aberto ao público, além dos sete meses previstos para a sua duração”. 

A Casa abriga uma história curiosa: a antiga moradora do sobrado, Cristina Balbão (1917-2007), estudou no Instituto de Belas Artes da UFRGS, em Porto Alegre. Estimulada por artistas e professores como Ado Malagoli, interessou-se por arte moderna, tornou-se professora do Instituto por mais 30 anos, sendo responsável pela formação de vários novos artistas e acompanhando o surgimento de diferentes manifestações artísticas. Dentre eles, Fernando Limberger, cuja obra desenvolvida para o pátio da Casa M chama-se Vermelho-Pungente (Para Dona Cristina), em homenagem à sua professora.



Serviço



Casa M
De segunda a sexta-feira, das 12h às 20h | Sábado, das 10h às 18h 
Rua Cel. Fernando Machado, 513 - Centro (em frente à escadaria da Rua João Manoel) 
CEP 90010-321 - Porto Alegre-RS 
Todas as atividades são gratuitas. Para oficinas, cursos, inscrições e informações: telefone 51 3519 7109 |casam@bienalmercosul.art.br| www.bienalmercosul.art.br/casam


Fonte: http://www.bienalmercosul.art.br/ 

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