Geralmente as campanhas ditas "de incentivo" promovida pelos meios de comunicação do grupo RBS são fraquinhas e dotadas de um falso moralismo que eu abomino...Ainda bem que geralmente! Foi lançada na data de hoje uma manifestação contra o uso de crack, o que eu aplaudo de pé. Esta epidemia desgraçada ,que fez com que aqui em casa fôssemos vítimas de CINCO arrombamentos em nossos empreendimentos só esse ano, precisa acabar. Ocorre que em todos os furtos qualificados dos quais sofremos foram declaradamente praticados por viciados na iminência de um colapso ante a falta de trocados para comprar pedras. Eu sou contra as drogas sintéticas - talvez por já ter visto muita coisa ruim em pessoas que eu gosto muito.Já presenciei pessoas utilizando crack e quase morri de repulsa.

O problema todo é que o Estado não tem a estrutura necessária para desenvolver políticas públicas de tratamento aos viciados. Não tem porque não quer, diga-se de passagem. Certamente há verba, mas a vontade fica por aí...Pedreiros não votam, hahahahahaha.

Também defendo a idéia de que "onde há amor não há drogas". O que se vê são criancinhas jogadas ao vento por seus pais, muitas vezes já dependentes de tudo quanto é inferno, que vão crescendo de acordo com o meio onde vivem. Infrequência nas aulas, falta de carinho, más influências (nooooossa, falei agora como as irmãs franciscanas de penitência e caridade cristã) e até mesmo falta de vontade delas próprias - porquê não? Ser pobre não é desculpa!

Sei que está longe dessa saga acabar.Fica aqui um protesto para que sejam construídos e aparelhados mais centros de atendimento psicossoccial (CAPS), mais leitos em hospitais PÚBLICOS e, é claro, escolas em turno integral, com as crianças estudando e aprendendo um ofício.

[nossa, essa semana eu ando tão tão tão revoltada....]