domingo, 28 de agosto de 2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tenho pensado muito nela.
Aquela tarde de domingo quando cantávamos "tomo guaraná, suco de caju, goiabada para sobremeeeeeeeesa". As coisas que eu tinha e ela nunca teve. A vez que fomos no circo lá na saudosa década de oitenta. O "globo da morte". Aquilo que ela fazia e eu não.As brincadeiras de crianças.O sonho dos quinze anos - que ela sequer chegou a completar. A jaqueta jeans que ela queria ter. O dia em que ela foi atropelada e quebrou o braço. Cinema para ver os Trapalhões, Lua de Cristal e qualquer outra coisa da Xuxa. Mirinda. Copo da Pepsi. Pular elástico. Pogobol. Gibi do Zé Carioca. Chiclé Ploc e bala Soft. Brincar de "sapata". Questionários em cadernos. Chegada do Papai Noel no Beira-Rio que nunca fomos. "Não se esqueça da minha Caloi". Topo Gigio. Meu Snoopy de borracha. Patins. Miliopã.

Setembro, o mês em que ela foi brincar de roda com as crianças lá no céu...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011




Domingo a tarde, Sol e boa companhia. Aquele papinho de sempre, ou seja, HOMENS. Até que uma amiga começa a falar do seu príncipe nada encantado e de todas as coisas que ele não faz. Por entender muito bem a situação dela, comecei a opinar - ainda que nessas horas a opinião dos outros não faça a mínima diferença. Ai estou lá, blablablabla, até que ela grita: ELE E O SHELDON!Não preciso nem dizer que me dobrei rindo....Não demorou muito para constatar que ela tem total razão. Curiosa como sou, cheguei em casa, fui fazer umas pesquisas e... Rá, exatamente!!!Síndrome de Asperger, para ser bem mais exata.

Achei muito interessante - e constatei que conheço outros meninos que talvez sofram isso tudo...
Seguem aí algumas características do portador de SA:

Dificuldade em compreender as mensagens transmitidas por meio da linguagem corporal - pessoas com SA geralmente não olham nos olhos, e quando olham, não conseguem "ler".  
Desinteresse - desinteresse em ter de fazer coisas novas, ou passar por outras experiências.
Exaustão - quando um indivíduo com Síndrome de Asperger começa a entender o processo de abstração, precisa treinar um esforço deliberado e repetitivo para processar informações de outra maneira. Isto muito freqüentemente leva a exaustão mental. 
Crítica - frequentemente crítica tudo o que vê pela frente, também pode-se fazer uma autocrítica psíquica, sem dizer o que crítica.
Dificuldades em relacionamentos - sente dificuldade em fazer amigos, conseguir parceiros para uma relação, podendo passar anos sem se relacionar com ninguém ou até mesmo nunca, demostrando desintesse sëxual e afetivo por outrem
Exatas - facilidade extrema em mexer com números e lógica.
Reconhecer sinais de enfado - a incapacidade de entender os interesses alheios pode levar Aspergers a serem incompreensíveis ou desatentos. Na mão inversa, pessoas com Síndrome de Asperger geralmente não percebem quando o interlocutor está entediado ou desinteressado.
Velocidade e qualidade do processamento das relações sociais - como respondem às interações sociais com a razão e não intuição, portadores de Síndrome de Asperger tendem a processar informações de relacionamentos muito mais lentamente do que o normal, levando a pausas ou demoras desproporcionais e incômodas.

Uma pessoa com Síndrome de Asperger pode ter problemas em compreender as emoções alheias: as mensagens passadas pela expressão facial, olhares e gestual tem um impacto baixo, mas não nulo (como no caso dos psicopatas). Eles também podem ter dificuldades em demonstrar empatia. Assim, Aspergers podem parecer egoístas, egocêntricos ou insensíveis. Na maioria dos casos, estas percepções são injustas porque os portadores da Síndrome são neurologicamente incapazes de entender os estados emocionais das pessoas à sua volta. Eles geralmente ficam chocados, irritados e magoados quando lhes dizem que suas ações são ofensivas ou impróprias. É evidente que pessoas com SA têm emoções. Mas a natureza concreta dos laços emocionais que venham a ter (ou seja, com objetos em vez de pessoas) pode parecer curiosa ou até ser uma causa de preocupação para quem não compartilha da mesma perspectiva.

Tá tudo no Wikipédia.



Desculpae amigs, mas eu preciso divulgar isso td, afinal, pode ser de utilidade pública!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Que eu tenho adoração pelo Daniel Galera não é novidade. Well, pelo o que ele escreve, que fique bem claro. Ele está beeem longe de ser uma unanimidade e me lembro de uma "discussão" que tive com um amigo porque defendo os textos do moço. Desde a época do CardosoOnLine eu curto o que ele escreve. Pois bem, já li "Até o dia em que o cão morreu" (que depois se transformou no "Cão sem dono, do Beto Brandt") e o espetacular "Cordilheira". Agora estou me deliciando (e gastando uns neurônios para entender) os quadrinhos do " Cachalote". O livro é de 2010. São histórias paralelas em um mesmo volume. Segue aí o teaser que ficou lheeeendo!



sábado, 13 de agosto de 2011






Fiquei literalmente de boca aberta hoje no cinema. Fui assistir Melancolia com "um certo medo" diante de alguns comentários que ouvi mas posso dizer com certeza que o filme é sensacional.Sofrimento em cima de sofrimento - afinal, nem só de comédias e romances vive o cinema.Um trilha sonora marcante, uma personagem principal densa e tensa, paisagens agradáveis aos olhos. O final, apesar de esperado e anunciado na primeira cena do filme, me surpreendeu.Gostei muito e recomendo!Von Trier nunca me decepcionou.


Ainda falando de cinema, hoje se encerra o tal Festival de Gramado.Peguei nojo desse negócio. Não do festival, da mostra de filmes, da premiação, mas sim do que gira ao entorno de tudo isso. Estava ouvindo na rádio agora há pouco enquanto voltava de Porto Alegre que " a cidade está cheia de fãs do cinema nacional". What???A cidade está cheia de playboys e pattys para as festas milionárias que acontecem nesse findi. Pessoinhas que sequer sabem que o filme em destaque do festival nesse ano é " O Carteiro" - e nem sei se esse filme é realmente bom. Eu não fui à Gramado por opção mesmo, afinal tenho apartamento lá. Só que o centro da cidade fica insuportável com as pessoas desfilando suas belezas e egos, paulistas e cariocas babando as gaúchas e aquela música eletrônica infernal. Restaurantes lotados. Bares na rua coberta apenas com reserva prévia e com consumação mínima de trezentos reais.

Ih, acho que aumentei o meu "desvio-padrão".

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Manuela nunca teve uma casa com paredes internas, banheiro com descarga "de apertar", um quarto. Ela só conhece uma grande sala com várias camas de cimento, colchões fininhos e infiltrações nas paredes. Os brinquedos quebrados que ficam no parquinho ainda são parte de um futuro distante. Nunca teve uma família, lembrança de nascimento ou sequer ecografias. Pai, nem sabe o que vem a ser isso...Tem dois meses. Apenas ouve sons e distingue algumas luzes. Seu único conforto é o colo da mãe - que a rejeita.O que Manuela não sabe e nem imagina é que tem seis irmãos. Dois ela vê uma vez por mês, por alguns minutos. Os outros...Quem são os outros?Os quatro restantes estão por aí soltos no mundo porque são meninos de mais sorte que juízo. Já poderiam estar pagando por suas irresponsabilidades. Dizem que as crianças até os sete anos apenas vêem o espírito da gente, justificativa plausível para fazer a pequena Manuela chorar tanto. Faz frio, o termômetro marca seis graus. A bebê possui apenas um cobertor.O tempo passa mas os dias são iguais.Não entende porque recebe a visita de uma "tia estranha" que sempre faz a sua mãe ter raiva.Seus olhinhos brilhantes apenas acompanham.Aos sete meses o leite da mãe secou.Arroz, feijão e cenoura, quase todos os dias, se não quiser ficar com fome. Nan, Mucilon ou Sustagem jamais farão parte da sua vida.Um brinquedo, que dia mais feliz! Manuela ganhou um brinquedo da "tia estranha"e não desgruda mais dele. Morde forte para provocar seu único dentinho. Não consegue entender porque sua mãe não gosta da moça que deu o seu único motivo de diversão. O que a bebê não sabe é que agora ela corre contra o tempo. Sua mãe a procura cada vez menos, deixando suas fraldas sujas o dia inteiro.Poderia um bebê ser infeliz? A resposta é sim e Manuela prova isso. O choro constante, os ataques de tosse e o nariz sempre com coriza, mesmo no alto verão.Enquanto algumas crianças brincam em piscinas coloridas ela sequer toma banho.A "tia estranha" entra e Manu vê sua mãe chorando compulsivamente. Um sentimento de culpa, um alívio, algo que a mãe da bebê não sabe descrever. Há um ano atrás Manuela nascia.Hoje, Manuela renasce. Será adotada por uma mãe que muito lhe deseja, com carinho, atenção e, principalmente, muito amor.

domingo, 7 de agosto de 2011

The world is collapsing
Around our ears
I turned up the radio
But I can't hear it
Yeah 


Já dizia o REM mas eu to desde ontem pensando muito sobre isso...Um conflito de idéias, de personalidades. Mais vale ser uma pessoa esperta e calculista ou uma boba ingênua de bom coração?Confesso que sou "genuinamente uma ingênua" e já deixei muita gente tirar proveito de mim em diversas situações.Mas...Perder esse gostinho infantil, esse modo mágico de ver a vida?Mudar meus princípios e encarar que SIM, as pessoas podem ser perspicazes e montar uma realidade em seu benefício - e se dar muito bem com isso? Aaaaaaaaaaaaah! Pode estar parecendo bobo e idiota esse meu questionamento mas digo sem problemas que essa "descoberta" realmente está me incomodando.

Welcome to real life!

sábado, 6 de agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Acordei mais romântica do que o normal hoje... Sim, eu ainda sou daquelas que suspiram - não obstante quase ser uma "sem coração" conforme já escrevi aqui.Então, para continuar no clima: