segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ontem (domingo), depois que a bateria do meu celular acabou, fiz obrigatoriamente um solitário passeio a pé "pelas alamedas de Porto Alegre", como diria o Jupiter. Há anos não fazia isso e confesso que estava precisando. Aquela aura sempre me fascinou - ainda mais depois da leitura de Canibais. Demétrio Ribeiro, Fernando Machado, Duque de Caxias. Uma passada na Catedral Metropolitana para colocar o papo em dia com o Senhor lá do céu....Fiquei com medo. Camiseta, jeans e All Star, roupa normal, sem excessos. Repito, fiquei com medo. Na Washington Luiz tive a impressão que a qualquer momento ia sair um gangster por trás da parede, como em filmes noir. Não sou fresca. A quantidade de moradores de rua é absurda. O pessoal até que é gente boa, o problema maior é outro - e é aqui que eu quero chegar....O desespero do crack transformou as ruas da capital. Nóias andando no meio da rua, enlouquecidos. Pessoas literalmente na sarjeta. Uma tiazinha tendo espasmos em frente a Prefeitura -imagem essa que ficou me perturbando a noite toda. Crianças abandonadas pelos pais.Sujeira, muita sujeira.Me doeu o coração, chorei de verdade.
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E não só transforma as ruas...Hoje pela manhã tive a notícia de que um amigo voltou ao Crack, depois de já incontáveis tratamentos. Pessoa que vi crescer, estudou na mesma escola que eu, teve as mesmas oportunidades que eu.
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Será que ainda dá pra salvar a minha semana????

Um comentário:

Lara Croft disse...

É triste o que o crack faz com as pessoas. Apóio plenamente essa campanha toda da RBS contra o uso, mas não sei até que ponto não desperta a curiosidade na mente dos "cabeças fracas" por aí. Espero que possamos eliminar essa droga terrível do mundo um dia.

Abraçooos =)